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Blog do Guinho César
terça-feira, 15 de abril de 2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
ENTREVISTA EXCLUSIVA - JORNALISTA ANDRÉ HAAR
Ele é gaúcho, radialista, jornalista, técnico em calçados, locutor de Rodoviária e apresentador.
Ganhou em 2010 o Prêmio Press como melhor locutor e apresentador.
Já teve passagens pelas rádios Tramandaí, Guaíba AM e FM e pelas TVs Bandeirantes, RBS, TVE e Canal Rural.
Com vocês, André Haar.
BGC: Fale um pouco do André Antonio Varnieri Haar.
AH: Fico agradecido pelo convite, Guinho.
Falar de mim é falar de televisão e rádio. Desde muito criança quis ser apresentador de notícias e também usar minha voz para rádios, gravações e apresentações. Aliás, gosto de apresentar eventos. Desde meus 10 anos, eu me metia em tudo que fosse possível para ler, desde a sala de aula!
Aos poucos, fui conquistando eventos mais importantes na cidade de São Leopoldo, onde morei com 5 anos. Sou natural de Porto Alegre e tenho 6 irmãos.
Morávamos na frente do Olímpico, e desde pequeno via as movimentações em dias de jogos.
Recordo uma enorme bandeira sobre o estádio, sobre o campo, amarrada com uma corda de lado a lado...
Aos poucos, fui conquistando eventos mais importantes na cidade de São Leopoldo, onde morei com 5 anos. Sou natural de Porto Alegre e tenho 6 irmãos.
Morávamos na frente do Olímpico, e desde pequeno via as movimentações em dias de jogos.
Recordo uma enorme bandeira sobre o estádio, sobre o campo, amarrada com uma corda de lado a lado...
BGC: Antes de falarmos de jornalismo, você também é técnico de calçados? Conte-nos um pouco dessa experiência.
AH: Sou, fiz meu segundo grau (hoje ensino Médio) no Senai, em Novo Hamburgo. Uma experiência única. Professores que ensinavam a disciplina, a correção, o comportamento, o compromisso, a responsabilidade. Jamais esquecerei. E lá apresentava também eventos, até para o Senai Regional!
Depois trabalhei na Azaleia, como chefe de montagem de calçados... e no final do expediente era apresentador do Jornal do Rio Grande, na Bandeirantes. Saía as 17:12 e ia correndo de Novo Hamburgo a Porto Alegre...o jornal era as 19:45.
BGC: O desejo de ser apresentador nasceu quando você ainda era criança? Conte um pouco dessa fase pré-jornalística.
AH: Eu assistia o Daudt batendo na mesa, "brabo"... e eu achava muito interessante ver... e isso porque eu tinha só uns 4 anos. Gostava da Tânia Carvalho, do Sérgio Schuller, Tatata Pimentel... isso foi em 1974. Eu sempre gostei, não tive uma inspiração específica. Nasceu junto comigo. E eu imitava eles. Colocava uma mesa e batia sem parar... imitando o Daudt.
BGC: Quais foram suas dificuldades no início da carreira?
AH: Dificuldades várias, principalmente de não ser uma pessoa conhecida, não ter nenhum amigo na área que pudesse me dar algumas dicas e me mostrar o caminho. Pois eu fui descobrindo. Batendo de porta em porta. De todas as emissoras. Ligava para a secretária do diretor e pedia uma reunião... acredita nisso? Assim consegui conversar com Carlos Schroeder, da Globo, com Roberto Appel, da RBS, mas foi a Band que me abriu as portas. Claro, compreendo toda a situação; Eu tinha 20 anos nessa época.
BGC: Em quem você se espelha ou se espelhou para chegar onde chegou?
AH: Cid Moreira, Sérgio Chapellain e Sérgio Schuller.
BGC: Como é ter que trabalhar fora do eixo Rio - São Paulo? Você sente algum preconceito quanto a isso?
BGC: O que você acha do jornalismo popular que é a marca da TV Record?
AH: Acho que revolucionou e marcou época na TV. A forma, o conteúdo. Mesmo sendo assuntos muito fortes, mas a prestação de serviço e o esclarecimento dos fatos são importante para a identidade social de uma comunidade.
Saber explorar esses assuntos, com comentários, abordagens, é um desafio contante.
Saber explorar esses assuntos, com comentários, abordagens, é um desafio contante.
BGC: Por quais emissoras você já passou? Quais foram as experiências que você trouxe de lá? AH: Rádios Tramandaí (1996), Rodoviária de São Leopoldo (1997), União FM Novo Hamburgo (1997) e pelas TVs Bandeirantes (1991), TVE (1992), TV Bandeirantes (1994), RBS (1994), Canal Rural (2007) e Record (2007).
Na RBS foi um período que aprendi sobre a qualidade da informação, de texto, rigor na linguagem.
Na Record aprendi a improvisar, a render imagens com comentários.
Um desafio muito grande, o que exige muito do apresentador. Exige conteúdo, principalmente.
Tenho admiração especial por cada veículo. E por amigos e colegas que deixei também.
Na Record aprendi a improvisar, a render imagens com comentários.
Um desafio muito grande, o que exige muito do apresentador. Exige conteúdo, principalmente.
BGC: Como foi para você falar da tragédia de Santa Maria? Como você se sentiu? É difícil falar nesses momentos?
AH: Eu acompanhei tudo pelo rádio na madrugada, logo depois do início do incêndio. Estava indo dormir tarde naquele dia. Era um domingo.
Comecei a ouvir sobre um incêndio e a suspeita era de que 3 pessoas tinham morrido. Mobilizei colegas na madrugada mesmo. Mandei mensagens para amigos de Santa Maria.
As 6 da manhã, esse número estava em 20. Fui descansar um pouco e acordei as 10 com numero de 120, ou 140... Difícil relembrar...
Um dos momentos mais difíceis para mim foi estar na BR 116, indo visitar meus familiares, quando fui chamado urgente para retornar a TV. Era meio dia. Naquele momento ouvi no rádio os pais das vítimas enfileirados no ginásio para reconhecerem os filhos... ali foi que de fato eu senti o tamanho da tragédia. Naquele dia não dormi mais. Fiquei na TV com entradas ao vivo para o Brasil. Foi muito difícil, um dos mais difíceis da minha vida. Mas no momento que eu entrava ao vivo para o Brasil, por não estar lá perto vivendo o momento, conseguia transmitir as informações mantendo tranquilidade. Mas os colegas que estavam lá no local passaram por muitas dificuldades de conter a emoção. Foram 242 jovens...
As 6 da manhã, esse número estava em 20. Fui descansar um pouco e acordei as 10 com numero de 120, ou 140... Difícil relembrar...
Um dos momentos mais difíceis para mim foi estar na BR 116, indo visitar meus familiares, quando fui chamado urgente para retornar a TV. Era meio dia. Naquele momento ouvi no rádio os pais das vítimas enfileirados no ginásio para reconhecerem os filhos... ali foi que de fato eu senti o tamanho da tragédia. Naquele dia não dormi mais. Fiquei na TV com entradas ao vivo para o Brasil. Foi muito difícil, um dos mais difíceis da minha vida. Mas no momento que eu entrava ao vivo para o Brasil, por não estar lá perto vivendo o momento, conseguia transmitir as informações mantendo tranquilidade. Mas os colegas que estavam lá no local passaram por muitas dificuldades de conter a emoção. Foram 242 jovens...
AH: O acidente da TAM e a tragédia da KISS eu acredito terem sido as de maior impacto. O acidente da TAM aconteceu durante o Rio Grande Record a noite. Apresentávamos eu e Simone Santos, quando recebemos as imagens de SP e no ar ficamos sabendo que o avião saíra daqui....foi impactante.
As boas eu teria inúmeros exemplos...desde dar um bom dia, de conversar com quem nos assiste...as vezes essas pequenas ações tem um impacto muito grande para quem assiste. Eu por exemplo, ao saber que está chovendo, acho uma excelente notícia! Gosto muito de tempo chuvoso.
Mas destaco o resgate dos mineiros no Chile que foram resgatados, depois de ficarem vários dias sob a terra.
BGC: Quais são seus sonhos para o futuro?
AH: Eu tenho desejos. Aprendi que quem sonha, apenas sonha...imagina. Eu prefiro desejar, agir para alcançar objetivos. Desejo fazer o que sempre gosto, talvez apresentar um programa diferente, quero ter alunos, gosto de ensinar o que aprendi em televisão.
BGC: Mande uma mensagem para os futuros jornalistas.
Só façam jornalismo se de fato gostarem.
Qualquer escolha na vida que seja com amor, não por outra razão, como status, por exemplo.
Não fiquem sonhando, mãos a obra, corram atrás, não "esperem" cair do céu.
Batam na porta das empresas, se apresentem, falem que querem uma vaga, não esperem por indicações. Se indiquem vocês mesmos!
BGC: Em poucas palavras:
AH:
Familia: nossa vida.
Futebol: não entendo.
Política: que medo.
Justiça: mais rigorosa.
Fé: apoio.
Vida: aproveitar.
Trabalho: nasceu comigo.
Deus: presente.
Agradecemos a André Harr pela entrevista e desejamos muito sucesso em sua carreira e vida pessoal.
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Agradecemos a André Harr pela entrevista e desejamos muito sucesso em sua carreira e vida pessoal.
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