Ontem acompanhei a palestra do grande jornalista Luis Henrique Romagnoli.
Excelente profissional da área jornalística, que nos passou um pouco de sua vivência.
Experiências que jamais vou esquecer.
E durante a palestra, fiquei a pensar no futuro do jornalismo no Brasil e no mundo.
Algumas questões vieram a tona:
A internet está enfraquecendo o jornal impresso?
A TV está perdendo força para o Youtube?
A rádio AM já morreu?
Sobre isso o jornalista Luis Romagnoli respondeu.
O jornal impresso perdeu força nos últimos anos, mas tenta se adaptar as novas mídias, como visualização das notícias do jornal no tablet.
O Youtube tem força, mas não consegue vencer o ao vivo da TV.
A rádio AM vai migrar para FM, o fim está anunciado.
Minha Opinião
Minha infância foi bem diferente talvez da sua, caro leitor do meu blog.
Acompanhava diariamente grandes comunicadores, e porque não dizer, quase que incomparáveis.
Acordar de manhã com Zé Bettio e suas frases inesquecíveis "Joga bota na Geni".
Ouvir as história do dia a dia na voz mágica de Gil Gomes.
As transmissões esportivas espetaculares de José Silvério na Rádio Jovem Pan.
E como não lembrar também dos narradores Dirceu Maravilha, Reinaldo Costa, Oscar Ulisses e Osmar Santos.
Os tempos mudaram.
A FM sugou a AM.
A AM perdeu força.
Mas procurando na FM uma referência, acabamos nos deparando com alguns comunicadores que vieram da AM.
A conclusão é obvia.
A AM formou comunicadores, a FM formou locutores.
A qualidade não morreu.
Apenas os ouvintes foram morrendo, e os novos ouvintes nem chegaram a conhecer esse mundo maravilhoso da comunicação da AM.
O Youtube é ótimo, mas não tem o sabor especial de uma transmissão na TV de uma partida de futebol.
Não tem a emoção de uma série no horário nobre.
Agora, por outro lado, o jornal impresso, assim como revistas, não evoluíram.
Perderam seus leitores, que preferiram as facilidades de um acesso ao Google, onde podem selecionar sua notícia por tema.
No advento da tecnologia ficamos a espera de novas mídias.
De novos formatos.
Aproveitamos ao máximo o que ela tem a nos oferecer.
Mas digo com toda certeza.
O apaixonado por discos de vinil ainda existe.
O colecionador de revistas ainda existe.
O apaixonado por TV ainda existe.
O ouvinte da AM ainda existe.
Mesmo com o tempo passando rápido demais.
A essência não se perdeu.
O puro ainda existe.
E vai continuar existindo, até que nos matem..
Guinho César