Alexandre Colim |
Desde 2008, no vídeo todas as manhãs pela TV Record em São Paulo, além da interação com os apresentadores dos jornalísticos Balanço Geral e SP no Ar, Colim narra com competência os principais fatos do dia e da noite.
Com passagens por grandes emissoras de rádio e TV (Líder FM, TV Record, Rádio Jovem Pan e Rádio Bandeirantes na cidade de Bauru, SBT em Jau e atualmente na TV Record em São Paulo), hoje, atendeu nosso blog para uma entrevista exclusiva.
Colim falou de seu atual momento profissional e familiar e as dificuldades do dia a dia, além de futebol e amigos.
Colim falou de seu atual momento profissional e familiar e as dificuldades do dia a dia, além de futebol e amigos.
Com vocês, Alexandre Colim.
Alexandre Colim |
BGC: Apesar de estar formado desde 2007, sua carreira começou bem cedo, tanto que você se considera autodidata. Como foi sua iniciação no rádio e na TV antes da faculdade?
AC: Primeiro,
prazer em falar com você e com seus seguidores. Bom... comecei no rádio FM. Em
2002, fiz curso de rádio em São Paulo no SENAC. Minha intenção, na época, era
ficar na capital, mas o mercado não estava bom, então acabou a grana e fui
obrigado a voltar pra Bauru. Foi a primeira decepção. Aí fiz um teste na
extinta Líder FM e fui contratado. Ali começava minha trajetória no rádio. No
ano seguinte, ainda antes da faculdade, fui convidado a trabalhar na Record
Bauru. Primeiro veio o rádio, depois, a TV.
BGC: O que é ser jornalista pra você? Como você descobriu que essa era sua profissão?
AC: Ser jornalista é vocação, ofício, a atividade profissional
que abracei e vivo dela. Ser jornalista é ter um compromisso enorme com as
pessoas. Transmitir informação ou opinião exige esse compromisso. Entramos na
casa das pessoas sem pedir licença. Portanto,
nosso compromisso maior é com quem nos vê ou ouve. Responsabilidade,
esse é o nome.
Alexandre Colim |
BGC: Quais foram os benefícios que o rádio te trouxe para trabalhar na TV?
AC: Agilidade, prontidão, improviso, jogo de cintura para agir
nas mais complicadas situações e muito mais. Costumo dizer que o rádio é o
veículo de comunicação que me ensinou a maior parte do pouco que sei.
Alexandre Colim e Luiz Bacci |
BGC: Você já trabalhou com grandes comunicadores nas manhãs da Record como Geraldo Luís e Giuliano Marcos, atualmente com William Travassos, Reinaldo Gottino e Renato Lombardi, além do programa Fala Brasil. Qual é a bagagem que você levará desses programas no seu currículo?
AC: De cada apresentador com quem trabalhei ou trabalho, extraio
um pouco. Só que é preciso lembrar aqui dos profissionais do rádio e da TV com
quem trabalhei no interior. Foram os que mais me ensinaram. Cito aqui J.
Martins, Carlos Alberto Soares, Tony de Paula, Rafael Antonio e muitos outros.
Com esses aprendi muito no rádio AM lá em Bauru. Já na TV, além desses que você citou, não posso esquecer do Luciano Faccioli e Amarildo de Oliveira. Com esses
dois aprendi demais na TV.
Alexandre Colim, Reinaldo Gottino e Renato Lombardi |
BGC: Você sempre valoriza os que trabalham contigo. Qual a importância da equipe que trabalha com você até que a reportagem vá ao ar?
AC: Na TV, há muita vaidade. As pessoas conjugam muito o verbo
na primeira pessoa. Como aprendi que em TV nada se faz sozinho, cito sempre os
nomes das pessoas com quem trabalho. Isso motiva e valoriza a equipe. O
trabalho fica melhor quando há essa sinergia. Tenho pouquíssimo tempo de rua,
pouco mais de duas horas. Se eu, o motorista, o auxiliar e o repórter
cinematográfico não estivermos no mesmo ritmo, as coisas não saem e a matéria
não vai ao ar.
BGC: Qual foi a sua melhor reportagem?
AC: Guinho, foram muitas. Me lembro de uma que fiz sobre os práticos em Santos. Os práticos são os responsáveis por assumir grandes embarcações e atracá-las nos portos. Foi um dia muito especial porque fiz em plano-sequência, formato que mais gosto. Subimos em um grande navio em alto mar pra mostrar como eles trabalham. Foi marcante.
AC: Guinho, foram muitas. Me lembro de uma que fiz sobre os práticos em Santos. Os práticos são os responsáveis por assumir grandes embarcações e atracá-las nos portos. Foi um dia muito especial porque fiz em plano-sequência, formato que mais gosto. Subimos em um grande navio em alto mar pra mostrar como eles trabalham. Foi marcante.
BGC: Qual foi o assunto que você abordou em uma reportagem que mais te revoltou?
AC: Em 2009, em Franco da Rocha, na grande São Paulo, uma mãe matou a facadas o filho de oito meses e abandonou aquele pequeno corpo em um terreno baldio. Na época, minha esposa estava grávida. Quando fomos ao local, e eu vi aquela cena, me emocionei demais. Ficava me perguntando qual o motivo que levou aquela mãe a matar o filho. por que ela viu aquela atitude como a última saída? Não achei respostas. Demorei pra esquecer.
AC: Em 2009, em Franco da Rocha, na grande São Paulo, uma mãe matou a facadas o filho de oito meses e abandonou aquele pequeno corpo em um terreno baldio. Na época, minha esposa estava grávida. Quando fomos ao local, e eu vi aquela cena, me emocionei demais. Ficava me perguntando qual o motivo que levou aquela mãe a matar o filho. por que ela viu aquela atitude como a última saída? Não achei respostas. Demorei pra esquecer.
Alexandre Colim |
BGC: Você tem uma grande experiência no jornalismo regional. Isso te completa ou tem algo mais que você queira fazer na área?
AC: Tenho muitos sonhos profissionais. Na verdade, eu não sei se
vou conseguir realizá-los porque depende de muitos outros fatores que vão além
da competência, talento, dedicação e profissionalismo.
BGC: Todos nós sabemos que a vida do jornalista não tem horário fixo. Isso já prejudicou sua vida pessoal? E hoje, como você separa a vida profissional da vida pessoal?
AC: Sim. prejudicou e prejudica. Fico em São Paulo durante a
semana e vou pro interior aos fins de semana pra ver minha família. Estar na
Record aqui em São Paulo, hoje, exige de mim um esforço enorme, entrega sem
tamanho, uma vida sacrificante. A saudade e a solidão são terríveis. Só não
abandonei o barco ainda, porque paguei preços caríssimos pra chegar até aqui.
Ainda acho que tenho algumas coisas a fazer. Se não der, terei a certeza de que
dei o melhor de mim, o melhor mesmo.
BGC: Tendo grande experiência como repórter, você tem algum projeto ou desejo para apresentação de um jornalístico?
AC: Falta só a oportunidade.
AC: Falta só a oportunidade.
Alexandre Colim e equipe de reportagem |
BGC: Nas redes sociais, você se mostra muito crítico sobre vários assuntos, inclusive sobre a programação da TV. Como você avalia a qualidade televisiva na atualidade, inclusive jornalística?
AC: A qualidade já foi muito maior. Hoje tudo anda meio
complicado. A TV é muito perigosa porque nos entorpece. Ficamos muito
fragilizados e não exercemos nossa cidadania na plenitude da palavra. Quanto ao
jornalismo, ainda somos o único palco ou fórum de discussões capaz de resolver
alguma coisa. Nosso grande desafio é trazer mais qualidade. Brigamos por isso.
BGC: No jornalismo existe uma grande preocupação com a estética, e você já emagreceu em uma oportunidade 13 quilos. Como você avalia a ditadura da beleza hoje no Brasil?
AC: Não ligo pra essa ditadura imbecil que, como o nome diz, tira as liberdades porque impõe padrões. Sempre me cuidei, pratiquei esportes, mas fiquei uma época sem me preocupar muito. Acabei engordando. Cheguei aos cento e dois quilos, como não gostava daquilo, fechei a boca e voltei a fazer exercícios diariamente. Com quase quarenta anos, voltei ao peso dos vinte, vinte e poucos. Quanto à estética, as pessoas em casa querem ver a pessoa bem vestida, que passe uma imagem legal, mesmo em assuntos pesados. Mas não gosto de maquiagens. Faço TV de verdade e por isso odeio máscaras. Me preocupo em estar de acordo com os padrões, mas sem esquecer de estar bem próximo das pessoas que veem minhas matérias. Algo muito engomado gera distanciamento e não é assim que faço jornalismo.
AC: Não ligo pra essa ditadura imbecil que, como o nome diz, tira as liberdades porque impõe padrões. Sempre me cuidei, pratiquei esportes, mas fiquei uma época sem me preocupar muito. Acabei engordando. Cheguei aos cento e dois quilos, como não gostava daquilo, fechei a boca e voltei a fazer exercícios diariamente. Com quase quarenta anos, voltei ao peso dos vinte, vinte e poucos. Quanto à estética, as pessoas em casa querem ver a pessoa bem vestida, que passe uma imagem legal, mesmo em assuntos pesados. Mas não gosto de maquiagens. Faço TV de verdade e por isso odeio máscaras. Me preocupo em estar de acordo com os padrões, mas sem esquecer de estar bem próximo das pessoas que veem minhas matérias. Algo muito engomado gera distanciamento e não é assim que faço jornalismo.
Alexandre Colim |
BGC: Quais são suas expectativas para o futuro profissional?
AC: Não sei por quanto tempo ainda, mas devo ficar mais um pouco
em São Paulo. Tenho o objetivo de avançar mais porque há quinze anos me preparo
todos os dias pra isso. Só não posso ter muitas expectativas. O que posso
afirmar, com toda a certeza, é que na minha área eu posso fazer qualquer coisa, desde séries, grandes reportagens, apresentação, matérias mais engessadas, mais
abertas, etc. Digo isso porque me preparei e me preparo todos os dias. Dependo
das oportunidades. Peço a Deus todos os dias pra me colocar no caminho certo.
BGC: Qual a importância da sua relação com o público nas redes sociais?
AC: Importantíssima. Aproxima bastante. Mesmo no universo virtual, tenho os mesmos compromissos.
AC: Importantíssima. Aproxima bastante. Mesmo no universo virtual, tenho os mesmos compromissos.
Alexandre Colim |
BGC: Você é palmeirense. Como você avalia a atual situação do futebol brasileiro? E quais são suas expectativas para a Copa do Mundo? O Brasil está preparado para esse evento?
AC: Venho do rádio esportivo. O futebol brasileiro, depois da
saída do Neymar, tá bem pior, fraquíssimo em qualidade. Nossos melhores
jogadores estão lá fora. Tirando algumas poucas revelações, a bola tá nivelada
por baixo. Apesar dessa constatação, gosto do futebol dentro de campo. Fora
dele, o entorno do futebol é fétido, cheira mal, só sacanagens. Afirmo isso
porque conheço os bastidores. Torço pelo Brasil porque gosto da bola no campo.
Fora dele, o Brasil está cometendo um dos piores crimes contra si mesmo.
BGC: Nos fale sobre sua paixão por Arealva e Bauru.
AC: Minha casa, ar puro e meu lar. É revitalizante estar lá. Não consigo ficar muito tempo longe de casa.
AC: Minha casa, ar puro e meu lar. É revitalizante estar lá. Não consigo ficar muito tempo longe de casa.
Alexandre Colim |
BGC: Bate-bola:
AC:
Deus: Onipresente;
Família: Base;
Fé: Certeza;
Trabalho: Vocação,
ofício;
Amigos: Importantíssimos.
Agradecemos ao jornalista Alexandre Colim por compartilhar um pouco da sua experiência com nosso blog. Desejamos muito sucesso em sua carreira e vida pessoal.
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