ENTREVISTA EXCLUSIVA - ALEX SAMPAIO

O nosso entrevistado de hoje é o jovem jornalista, apresentador, editor, repórter e carioca. 

Iniciou sua experiência na área de comunicação ainda na universidade. 

Teve passagens pela TV Band Rio, SBT Sorocaba, INTER TV (Rede Globo), TV Record Rio onde fez parte do Balanço Geral com Wagner Montes e por fim, TV Record SP, onde atualmente faz reportagens nacionais e no exterior para o Câmera Record, Domingo Espetacular e Programa da Tarde. 

Ele aceitou nosso convite para uma entrevista exclusiva que você confere a partir de agora. 

No Blog do Guinho César, entrevista exclusiva com o jornalista Alex Sampaio.

BGC: O que é ser jornalista pra você?

AS: Para mim, ser jornalista, é ser um contador de histórias. É exercitar diariamente a capacidade de ouvir e reportar para o outro o conteúdo daquela mensagem, sabendo destacar os pontos mais relevantes e priorizando sempre a verdade dos fatos.

BGC: Desde quando surgiu a vontade de ser jornalista?

AS: Na verdade eu sempre quis trabalhar em televisão. Quando pequeno brincava de montar grades de programação e criar programas. O Jornalismo foi o caminho que encontrei para chegar a TV. Na minha época não existia ainda a Faculdade de Rádio e TV, por isso escolhi Comunicação Social. Na faculdade me apaixonei pelo Jornalismo.

BGC: O que mudou no jornalismo televisivo do ano 2000 até hoje?

AS: Acredito que não só no jornalismo televisivo, mas em todos os meios, houve uma mudança significativa nos últimos tempos. O principal fator para toda essa mudança é a tecnologia. Internet, redes sociais, são fundamentais hoje em dia para agilidade, apuração e divulgação. Com um Iphone podemos gravar uma reportagem para TV, editar no próprio telefone e exibir. Fora o Youtube que é um espaço livre onde qualquer um pode fazer e até virar notícia. Tem emissoras no mundo, e até aqui no Brasil, como a Rede TV, em que por um aplicativo no celular os jornalistas entram ao vivo na programação. A tecnologia é a maior mudança dos últimos tempos, e com ela a linguagem cada vez mais simples, real, natural e próxima do telespectador.

BGC: Em quem você se espelhou para chegar até aqui?

AS: Eu sempre quis ser o Boni (José Bonifácio - TV Globo) para poder criar e dirigir uma emissora de TV, mas quando descobri ainda na faculdade minha aptidão para estar diante das câmeras, comecei a observar a Oprah Winfrey, a Ana Maria Braga, o Silvio Santos e o Serginho Groisman. Meu foco é a naturalidade, a espontaneidade. Ser o telespectador diante da notícia e do entrevistado. Perguntar aquilo que quem está do outro lado quer saber. Por isso esses profissionais me inspiram. Eles conversam com a gente. Eles não são indiferentes, engessados, sérios. Eles agem como se estivessem numa conversa na sala de casa.

BGC: Você já apresentou um programa de vendas ao vivo e diário na TV Band Rio e hoje faz reportagens especiais para a TV Record. Ainda tem vontade de voltar a apresentar um programa?

AS: Brinco que era um programa de variedades, com muitas vendas (risos). Mas é claro que adoraria ser apresentador. Ter um programa no estilo do “Programa Livre” ou com a pegada do “Mais Você”. Ainda bem que sonhar é algo livre e que nos permite a realização mesmo que apenas no nosso íntimo. No mundo real as coisas são mais difíceis, não depende só da nossa vontade e talento. Mas acredito que o que é nosso, é nosso! E só quem sabe disso e tem prazos é Deus. Por isso confio nele e exercito todos os dias a minha fé e a capacidade de entender que não é uma escolha minha, eu preciso apenas acreditar e fazer o que tenho nas mãos sempre com muita determinação e amor.

BGC: Na vida de um jornalista é preciso ter jogo de cintura em algumas situações. Como você lida nesses momentos onde o improviso se torna importante?

AS: Acho que na vida é preciso ter jogo de cintura. A gente sempre precisa improvisar. Então na minha profissão acaba sendo uma extensão disso. Mas aprendi com o tempo que e a melhor coisa é sempre a verdade. Por isso se me surge algum imprevisto eu assumo. Ou digo que realmente não sei, não entendi, ou que o equipamento está com problema se for o caso, ou peço desculpas no ar se eu errar. Agindo assim, naturalmente as dificuldades ficam fáceis. Improviso pra mim é o mesmo que verdade. Basta agir com sinceridade.

BGC: Você já passou por alguma gafe em suas reportagens que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

AS: Lembro de um vez ter caído ao vivo durante um link no Balanço Geral no Rio de Janeiro. Quem apresentava era o Wagner Montes, meu padrinho e um cara que admiro muito. Estava numa praia falando sobre o verão e a praia lotada. Na areia tropecei e cai numa toalha de alguém. Não tinha jeito, assumi o tombo, cai na gargalhada e disse algo do tipo: “não deu para resistir a essa praia, vou ficar por aqui tomando um sol, voltamos ao estúdio.”
Confira as grandes reportagens de Alex Sampaio:Reportagens Alex Sampaio

BGC: Você acha que o entretenimento te aproxima mais do público do que o jornalismo? Porquê?

AS: Eu acho que o entretenimento te permite ousar mais. Porém não é o setor que determina, e sim o profissional. São caraterísticas próprias, estilo e linguagem que te permitem ousar mais ou menos. O importante é ter sempre a consciência que nós não somos a notícia. Nós levamos a notícia. Então a forma como ela será dada, de forma mais próxima do público ou distante, é uma questão de estilo e bom senso. Nem sempre dá para fazer piada, nem sempre dá para ficar com a cara fechada. 
Só não podemos cometer o erro de querer ser mais que a notícia.

BGC: Qual foi a reportagem que mais te emocionou?

AS: São muitas, mas aquelas que falam de sonho, conquista. Pessoas que transformaram o improvável e a adversidade em vitória me tocam mais. É inspirador conhecer pessoas que superaram, e poder compartilhar isso com o mundo é um  privilégio.

BGC: Qual foi a reportagem que mais te revoltou?

AS: Todas aquelas em que minorias são punidas ou perseguidas. Àquelas em que a violência é maior que o amor. E as que a burocracia atrapalha injustamente a vida das pessoas.
Alex Sampaio conhece uma família gigante 

BGC: Dica do jornalista:

Um livro: gosto muito de Biografias, estou lendo a Ronnie Von agora.

Um filme: O Império do Sol

Uma viagem: Roma me encantou e Lisboa que é um lugar onde ainda vou viver.

BGC: Em apenas uma palavra:

Fé: Exercício

Deus: Equilíbrio

Família: Aprendizado

Amigos: Reciprocidade

TV Record: Oportunidades

Alex Sampaio: Em construção

BGC: Mande uma mensagem para os futuros jornalistas.

AS: Faça com amor. Persista, ouça e lapide seu instinto. Cave as oportunidades, corra atrás. Suas conquistas dependem de você, vá em direção a elas.

O Blog do Guinho César agradece a atenção e lhe deseja muito sucesso em sua carreira e vida pessoal.

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