Nosso entrevistado nasceu em São Paulo no ano de 1946.
É jornalista, apresentador, formado em História e apaixonado por carros e pela natureza.
Já cursou direito e até japonês.
Participou por quatro anos não consecutivos do programa Roda Viva da TV Cultura.
Foi colunista do jornal O Diário de São Paulo e da Revista Imprensa.
Esteve no comando de vários programas na Rádio CBN, onde trabalhou por vinte anos.
É autor de vários livros, entre eles "O Velho Jogo do Imperialismo", "O Livro dos Políticos" e "CBN Mundo Corporativo".
Já trabalhou nas TVs Gazeta, SBT e Cultura e atualmente apresenta o Jornal da Record News, simultaneamente com o Portal R7, onde também tem seu blog.
Vencedor de vários prêmios de jornalismo, não perdeu a simplicidade e nos atendeu para uma entrevista, onde vai falar sobre tudo.
Agora, a entrevista exclusiva com Heródoto Barbeiro.
BGC: O que é ser jornalista pra você?
HB: É ter a responsabilidade de informar a parte da sociedade com a busca contínua da isenção e da ética.
BGC: Você mora em uma casa localizada na reserva ambiental. O que esse lugar te traz de inspiração para a vida?
HB: É um privilégio poder conviver com a natureza e com o silêncio, que falta na cidade. Só vou na reserva no final de semana.
BGC: O que te fez, depois de 20 anos dando aulas de História, se tornar jornalista? O jornalismo é sua paixão?
BGC: Você já deu aula pela televisão? Nos conte sobre essa experiência.
HB: Sim, dei aulas de telecurso de História Geral, Atualidade e História do Brasil. Foi onde aprendi alguma coisa sobre o poder desse meio de comunicação na educação.
BGC: Porque você saiu da Rádio CBN, depois de vinte anos de sucesso?
HB: Tive um convite para participar da equipe do Jornal da Record News, um novo desafio, uma nova oportunidade.
BGC: Depois de 22 anos, você se desligou da TV Cultura para fazer parte de um novo projeto de jornalismo na Record News. Em que essa mudança mudou a sua carreira?
HB: O meu trabalho na TV Cultura, inclusive no Roda Viva, me ajudou a pensar um projeto de jornal de TV que eu e a equipe estamos pondo em prática. Tenho certeza que não há nada parecido na tevê.
BGC: Ainda falando em TV Cultura, sua saída da emissora foi por causa do José Serra do PSDB? Porque?
BGC: Você voltaria a fazer a pergunta para José Serra, sobre os preços do pedágio, se fosse hoje?
BGC: Você chegou a apresentar o programa "Roda Viva" na TV Cultura durante quatro anos não consecutivos. Qual foi a importância do programa na sua carreira?
HB: Foi uma grande oportunidade para conhecer muitos outros colegas que participavam da bancada e entrevistados que tinham coisas importantes para aprender. Aprendi muito com eles.
BGC: Você foi convidado a apresentar o "Aqui Agora"? Porque não aceitou?
HB: Fui convidado, na época trabalhava no SBT, no TJ São Paulo, onde era editor chefe. O programa tinha um perfil diferente e por isso não fiquei.
BGC: O que é liberdade de expressão pra você?
BGC: Muitos críticos falam sobre o jornalismo da Rede Record ser sensacionalista. Na sua opinião, o que é jornalismo sensacionalista?
HB: É aquele que procura emocionar as pessoas além do razoável, busca notícias que impactem o público além da razão.
BGC: Para entrar na Rádio jovem Pan, você teve que estudar jornalismo, pela exigência da emissora pelo diploma. Qual é a sua opinião sobre a obrigatoriedade do diploma para o jornalista?
HB: Sou à favor de boas escolas de jornalismo, que ensinem os alunos o que é essa atividade, importante para a democracia e para o desenvolvimento humano. Contudo, não sou favorável à regulamentações em geral, são uma herança do fascismo.
BGC: Você é a favor da desregulamentação geral de todas as profissões? Porque?
HB: Sim, com exceção de uma ou outra, creio que cada um deve ser avaliado pelo seu empenho, trabalho, dedicação, liderança, etc.
BGC: Porque você se candidatou a um cargo político? Você faria isso novamente?
HB: Achei que podia mudar o país, como toda a minha geração. Não faria novamente, creio que dou uma contribuição como jornalista.
BGC: Com a convergência das mídias, quais são os maiores desafios do jornalismo radiofônico para prender a audiência do ouvinte?
HB: Estar à disposição do público em qualquer equipamento (devices) e buscar um diferencial competitivo de noticias novas, que não foram divulgadas por outros meios, fugir da repetição, separar claramente o que é informativo do que é opinativo...
BGC: O Jornal da Record News saiu na frente ao ser exibido, simultaneamente, pela TV e internet. Como você se sente participando deste projeto?
HB: Um avanço, sem dúvida. Disto resultou uma integração total com o porta R7 e a utilização de todas as ferramentas como blog do Barbeiro, twitter, Facebook , e-mail etc.
BGC: Internet é o futuro do jornalismo?
HB: É o hardware do jornalismo, não é o jornalismo. É uma plataforma, não é, por si só, o conteúdo. Jornalismo é uma atividade intelectual para se propagar em todas as plataformas, do panfleto ao Facebook, do megafone à internet.
BGC: Qual foi o melhor fato que você cobriu na carreira? E o pior?
BGC: Dica do jornalista:
Livro: Economia do Grátis - Cris Anderson – Ed.Campos
Viagem: Para qualquer lugar do mundo onde haja cultura
Filme: O Carteiro e o Poeta
Programa de rádio: Jornal da CBN com Milton Yung
BGC: Em apenas uma palavra:
Fé: Liberdade
Família: Convivência
Jornalismo: Compromisso
Amigos: Inúmeros
Rádio: Comunicação
BGC: Para finalizar, deixe sua mensagem para os futuros jornalistas e comunicadores.
HB: Ninguém é dono do jornalismo. Hoje todos podemos fazer jornalismo. A tecnologia colocou na nossa mão não só o controle dos equipamentos como qualquer um de nós pode abrir um espaço na internet e produzir livremente o próprio jornal, texto, programa de rádio, tevê, tudo com interatividade total. Vamos aproveitar para mudar o mundo.
Um abraço e obrigado.
Agrademos ao jornalista Heródoto Barbeiro a atenção dada ao Blog do Guinho César e desejamos muito sucesso em sua carreira e vida pessoal.
Mande sua opinião no e-mail:
blog@blogdoguinhocesar.com
BLOG DO GUINHO CÉSAR
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